Espírito Santo e Qualidade de vida

Foi divulgado neste mês o resultado da pesquisa (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal - IFDM), que fez o levantamento de qualidade de vida em 5.564 municípios do país.

“Observamos que os primeiros resultados condizem com a realidade. As cidades do interior têm indicadores oficiais de desenvolvimentos muito bons. São a prova de que tamanho não é documento e que a diferença está na eficiência da gestão”, explica Patrick Carvalho, chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan.

Entre os dez municípios capixabas com melhor índice de desenvolvimento, sete estão localizados do interior do Estado. O primeiro lugar no Espírito Santo foi ocupado, segundo dados de 2000 e 2005, por Vitória. Em segundo lugar no levantamento aparece a Serra. Ibiraçu pulou da 13ª posição em 2000 para a 3ª cidade na classificação de 2005. No ranking nacional, o salto da cidade - localizada a 75 km da capital - foi ainda maior: da 1193ª para a 175ª posição.

Para o presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), Guerino Balestrassi, isso é mais uma prova de que o desenvolvimento econômico já não se concentra nas metrópoles.

No entanto, ele afirma que baixa posição no ranking, nem sempre é sinônimo de má qualidade de vida, pois há cidades bem estruturadas que garantem serviços públicos de qualidade para as populações vizinhas. As chamadas cidades-pólo oferecem saúde, educação e até mesmo emprego para os moradores de regiões menores, indicadores usados na composição do índice.

IFDM varia numa escala de 0 (pior) a 1 (melhor) para classificar o desenvolvimento humano do país, dos estados e dos municípios.

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Vitória está entre as 100 melhores do país

Catedral Metropolitana de Vitória

Vitória aparece como a única cidade capixaba entre as 100 melhores para se viver, de acordo com o IFDM. Ela também é uma das duas únicas capitais na lista, confirmando o destaque que os municípios do interior conquistaram no levantamento.

Neste ranking, 82 municípios possuem menos de 300 mil habitantes e 50 tem menos de 100 mil habitantes.

Entre os 100 mais bem colocados, 87 municípios estão localizados em São Paulo. Os demais estão no Paraná (Maringá, Londrina e Curitiba), Santa Catarina (Brusque, Videira e Jaraguá do Sul), Rio de Janeiro (Macaé e Niterói), Rio Grande do Sul (Marau e Lajeado), Goiás (Catalão), Espírito Santo (Vitória) e Minas Gerais (Nova Lima). O primeiro lugar foi conquistado por Indaiatuba (SP), com IFDM 0,9368. A menor pontuação foi registrada por Santa Brígida (BA), com 0,2933.

Os critérios de análise do índice estabelecem quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento municipal.

Horto Municipal da Serra

Mosteiro Zen Budista em Ibiraçu

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Entenda a pesquisa

O que é?
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) foi criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para mapear os indicadores emprego e renda, educação e saúde de todos os 5.564 municípios brasileiros.

Com que freqüência é feita a pesquisa?
O índice foi lançado este mês, mas passará a ser feito anualmente, ao contrário de outros indicadores, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), criado pela Organização das Nações Unidas.

Por que os dados são de 2000 e 2005?
Porque 2005 foi a última data com dados consolidados em todos os indicadores estudados.

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