segunda-feira, 20 de abril de 2009

Britânicos preparam plano de revitalização para SP

Ao longo das linhas de trem, prédios ambientalmente corretos de até 200 metros de altura - mais altos do que o Mirante do Vale, o maior edifício de São Paulo. No entorno, 360 mil metros quadrados de área verde, escolas públicas, boulevard e centro cultural. Um dos principais escritórios de arquitetura do mundo, o Foster + Partners, liderado pelo arquiteto inglês Norman Foster, autor de projetos urbanísticos grandiosos espalhados por 40 cidades do planeta, prepara, em parceria com empresários de São Paulo, um plano de revitalização para uma ampla região degradada entre a Mooca e o Ipiranga.

O projeto, previsto para uma área no perímetro da Operação Urbana Diagonal Sul, ao lado da Avenida do Estado, tem como referência duas intervenções feitas pelo escritório de Foster em Santa Giulia, em Milão, e em Masdar, nos Emirados Árabes Unidos. Para iniciar o empreendimento, o grupo conta com a aprovação do Projeto de Lei da Concessão Urbanística, que vai ser votado nesta semana na Câmara Municipal. A concessão urbanística permite à Prefeitura delegar à iniciativa privada, mediante licitação, obras de reurbanização de grandes áreas de São Paulo.

Mesmo que a lei seja aprovada na Câmara, porém, o grupo ainda terá de esperar que o Município defina a forma de licitação para a concessão urbanística. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano quer o poder público na liderança do processo de intervenção. Posição que tem o respaldo de outros urbanistas. "O Estado precisa liderar o processo para que o interesse da cidade prevaleça ao do mercado", defende a arquiteta Nadia Someck, diretora da Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo, Agência Estado

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