Os primórdios do Castelo de Versalhes
A primeira menção à aldeia de Versalhes encontra-se num documento datado de 1038, a “Charte de l'abbaye Saint-Père de Chartres” (Carta de Direitos da Abadia de Saint-Père de Chartres). Entre os signatários da Carta encontra-se um Hugo de Versalhes, a partir do nome da aldeia.
Em 1575, Albert de Gondi, um Florentino, comprou o senhorio. Gondi havia chegado a França com Catarina de Medici e a sua família tornou-se influente na Assembléia dos Estados Gerais francesa. Nas primeiras décadas do século XVII, Gondi convidou Luís XIII para várias caçadas na floresta de Versalhes. Em 1624, depois desta introdução inicial à área, Luís XIII ordenou a construção de um castelo de caça. Desenhada por Philibert Le Roy, a estrutura foi construída em pedra e tijolo encarnado com um telhado de ardósia. Oito anos depois, em 1632, Luís XIII conseguiu a escritura e posse de Versalhes a partir da família Romonov, e começou a fazer ampliações ao palácio.
O sucessor de Luís XIII, Luís XIV, teve um grande interesse
Bem, como eu tive pouco tempo no castelo, eu fui apenas ao Palácio e Jardim. Estes tipos de passeios sempre vamos com a máquina fotográfica nas mãos. Mas são muitas belezas e encantamento, muitas vezes prefiro ver pelos olhos do que pelo ecrã da máquina. Eu andava devagar, enquanto o pessoal que estava comigo sempre olhava para trás a minha procura. Já tinha pouco tempo e ainda o pessoal queria correr... enfim! Ah, uma grande dica, quem tiver carteira de estudante internacional leve, junto com um documento de identidade, no caso o passaporte ou identidade temporária européia, pois assim entra de graça.
No Palácio, andamos de quartos em quartos, e o curioso é que todos eles têm cores diferentes um do outro, cortinas, pinturas e papel de parede, bem diferente. Quando vi o quarto do rei e da rainha, são em lados opostos, o que mais me chamou a atenção foram as camas. Elas são muito estranhas e altas, e me pareceram desconfortáveis, porém elegantes.
Ao fundo pinturas de Maria Antonieta e Luiz XVI
Cama, no Quarto do Rei
O castelo passou por várias construções ao longo dos séculos, a construção da Galerie des Glaces — a Galeria dos Espelhos — começou em 1678, foi obra central da terceira campanha de construção de Luís XIV. Para executar esta galeria, tal como o salon de la guerre e o salon de la paix, a qual ligava o grand appartement du roi com o grand appartement de la reine, o arquiteto Jules Hardouin-Mansart suprimiu três salas de cada apartamento tal como o terraço que separava os dois apartamentos. A principal característica da sala são os dezessete espelhos em arco que refletem as dezessete janelas igualmente arcadas que dão vista para os jardins. Cada arco contém vinte e um espelhos com um total de 357 espelhos no conjunto da decoração da galerie des glaces.
No século XVII, os espelhos eram um dos mais dispendiosos elementos que se podia possuir e na época, a República de Veneza controlava o monopólio e a manufatura dos espelhos.
As dimensões da galerie des glaces’ são 73,0 m. de comprimento por 10,5 m. de largura por 12,3 m. de altura. Esta galeria é rodeada pelo salon de la guerre (a Norte) e pelo salon de la paix (a Sul). A construção da galeria e dos seus dois salões continuou até 1684, época em que foi intensamente usado para as funções da Corte e do Estado. A decoração do teto é dedicada às vitórias militares de Luís XIV. O presente esquema decorativo representa o último de três apresentados a este monarca. O plano decorativo original mostrava as façanhas de Apolo — o qual era consistente com o imaginário associado ao Rei-Sol, Luís XIV.
Capela
Como ponto fulcral da quarta campanha de construção de Luís XIV, a capela final do Palácio de Versalhes é uma obra-prima. Com inicio em 1689, a construção foi suspensa devido à Guerra da Liga de Augsburg; Jules Hardouin-Mansart retomou a construção em 1699, continuando a trabalhar no projeto até à sua morte em 1708, após o que este foi continuado e concluído pelo seu cunhado, Robert de Cotte.
Dedicada a São Luís, a capela foi consagrada em 1710. O modelo palatino da capela é tradicional; de qualquer forma, a colunata Coríntia do nível da tribuna é de um estilo clássico que antecipa o Neoclassicismo do final do século XVIII.
Jardins do Castelo
Os campos de Versalhes contêm um dos maiores jardins formais alguma vez criados, com extensos parterres, fontes e canais, desenhados por André Le Nôtre. Le Nôtre modificou os jardins originais, ampliando-os e dando-lhes um sentido de abertura e escala. Os jardins estão centrados na fachada Sul do palácio, o qual está colocado num terraço para dar uma grande vista dos jardins. Ao fundo das escadas está localizada a Fonte de Letona. Esta fonte consta uma história tomada do poema de Ovídio,Metamorfoses e servia (ainda serve) como uma alegoria às Fronda.
Curiosidade: Providenciar água suficiente para abastecer as fontes de Versalhes foi um problema desde o início da construção. A água necessária para alimentar as fontes do palácio era providenciada pela, atualmente localizada em Bougival. Esta máquina era induzida pela corrente do Sena, a qual movia catorze vastas pás giratórias, sendo um milagre da moderna Engenharia hidráulica, talvez a maior máquina integrada do século XVII. A máquina bombeava água para os reservatórios de Louveciennes (onde a Madame du Barry tinha um pavilhão na década de 1760, o Château de Louveciennes). A água fluía, então, ou para abastecer a cascata do Château de Marly ou, passando através de uma elaborada rede subterrânea de reservatórios e aquedutos, em direção às fontes de Versalhes. Apenas uma podia ser operada com caudal suficiente de cada vez, invariavelmente o local onde o rei estava.
Para mais histórias e informações visite o site oficial: www.chateauversailles.fr